Em fins de 2018, o Conselho Diretor da BraFIP incluiu no Plano de Ação 2019-2020 a elaboração de uma Agenda Estratégica, a nível nacional, com foco na melhoria do ambiente para o avanço da pesquisa, desenvolvimento e inovação em colaboração.
De acordo com o Global Innovation Index 2020 (veja [INSEAD 2020 GII]), elaborado pela escola de negócios da Cornell University em colaboração com o INSEAD, na França, e o apoio da WIPO, órgão das Nações Unidas, o Brasil ocupa apenas a 62a posição no ranking, entre mais de 130 países analisados. Entretanto, a posição do Brasil varia entre a posição 32 (correspondente ao emprego baseado no conhecimento) e a posição 108 (no quesito infra-estrutura), evidenciando o desenvolvimento extremamente desigual do país.
Esta iniciativa é inédita, tanto quanto ao seu conteúdo, quanto à forma como ela foi conduzida: ao longo dos anos de 2019 e 2020, a BraFIP desenvolveu um processo baseado na colaboração da coletividade especializada, chamada de “crowdsourcing”, com base nas ideias iniciais desenvolvidas pelo Steering Committee responsável pela condução dos trabalhos.
Esse Comitê, assim como a BraFIP, conta com a participação de representantes do Setor Empresarial, da Academia e de órgãos de Governo, seguindo o conceito da Tripla Hélice. Com a inclusão do “crowdsourcing”, inovamos também no uso do conceito da Quádrupla Hélice, que amplia o conceito triplo pela inclusão de representantes da sociedade civil organizada.
Esse processo se deu tanto em eventos presenciais, como em atividades online, descritos de forma detalhada na seção “Estratégia de Trabalho Adotada”, a partir da página 23. É importante destacar que a emergência sanitária provocada pela pandemia de coronavirus não apenas não interrompeu os trabalhos, como ainda permitiu agregar sugestões que tornem o processo mais resiliente diante deste tipo de crises.
Pela primeira vez, está sendo proposta uma estratégia de inovação que inclui o engajamento e impulso a contribuição de todos os cidadãos brasileiros, e não apenas dos ‘especialistas’, fomentando assim o sentimento nacional pelo atingimento das metas propostas.
Ainda, inovamos ao propor um modelo que deverá ser tratado como patrimônio nacional ou política de estado: as contribuições ao progresso do país que são propostas precisam sobreviver às mudanças de governo, regidas pelo jogo político, e que são naturais em qualquer democracia.
Entendemos que o ‘mix’ de políticas públicas de fomento deve ir além das tradicionais políticas de incentivos fiscais, tributários e econômicos, cientes de que o comportamento e o desempenho dos ecossistemas de inovação dependem de diversos aspectos mais amplos, como, por exemplo, a valorização da interdependência do desenvolvimento regional.
or saber que se trata de uma iniciativa ousada e pretensiosa, amadurecemos as ideias para a gestão da construção desta Agenda Estratégica ao longo de muitos anos, antes de partir para sua execução. Esperamos que ela de fato se constitua numa contribuição significativa para o fortalecimento da pesquisa, desenvolvimento e inovação em colaboração no nosso país.
03 de dezembro de 2020
Documento tornado público durante o
International Cooperation Day 2020
realizado em Campina Grande (PB)
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